As rosas são lindas, mas o que mais amo nelas é aquele cheirinho de natureza – que me lembra água e vida. Talvez seja por isso que gosto de comprar flores às pessoas. O ato de entrega-las a alguém não é só para presentear, mas entregar um pouquinho de vida.
Assim como as flores, também adoro colecionar fragrâncias. Não é à toa que, atualmente, tenho 5 perfumes. Alguns amadeirados, outro doce e um importado para usar nas ocasiões chics.
Recentemente, na confraternização da firma, ganhei um kit que veio com o meu perfume favorito de “O Boticário”, o Quasar tradicional. Eu comemorei enlouquecidamente, porque já fazia uns 2 anos que não o usava e ele tem um significado especial.
PAIXÃO COM FRANGÂNCIA MARCADA
O Quasar era o meu perfume favorito por simplesmente ser maravilhoso, mas ele ganhou um novo sentido quando o Pedrinho (nome fictício, claro) surgiu na minha vida. Naquela época, eu usava a fragrância dia e noite, daí comecei a conversar com o dito cujo.
O Pedrinho trabalhava no mesmo prédio que eu, em 2019, e diariamente nos víamos. Fomos conversando, nos aproximando, usando uma amiga em comum para fazer a ponte dos papos e encontros. Até que chegou o meu aniversário de 25 anos e lá estava ele, no restaurante, ao meu lado, todo fofo cortando o bolo.
No fim de semana posterior ao meu aniversário, ganhei algumas pizzas do meu chefe e ele foi um dos convidados a ir degustar as massas. No dia, fiquei bem tímido. Eu estava bobo-apaixonado, confesso. Não sabia o que fazer e não o fiz.
PERFIL FAKE
Como uma pessoa super madura e segura de si, Pedrinho criou um perfil fake, no Instagram, e começou a me mandar mensagem. Ele dizia que conhecia alguém que estava a fim de mim, mas não sabia como se aproximar e bla bla bla.
Eu estudei Direito, amo séries com mistérios para solucionarmos e drama é o meu sobrenome. Mergulhei de corpo e alma nessa aventura, juntando as pontes e “descobrindo” quem estava gostando de mim e estava por trás do perfil fake.
Na cara e coragem, apareci no trampo do Pedrinho e joguei as cartas na mesa. Talvez eu o tenha assustado um pouco por ser curto e direto. Obviamente, ele não assumiu nada.
Continuamos conversando por mais um tempo, mas nada foi pra frente. Pedrinho complicou um pouco as coisas, eu apressei outras. Na real, perdemos o contato e, talvez o interesse.
TEMPOS ATUAIS
Daí de 2019 você pula pra cá, finalzinho de 2021. Quase 2 anos se passaram…
Quando recebi o presente do amigo secreto, memórias foram desbloqueadas e aquele sentimento que tinha pelo Pedrinho foi despertado. Não sei definir bem o que se passa aqui, só sei que estou à procura do contato dele pra conversarmos ou, pelo menos saber, o que anda fazendo da vida e se está bem.
Posso estar dando um tiro no meu pé ao correr atrás de algo do passado, mas, sei lá… Gosto dessas coisas. De quebrar a cara e usar isso pra escrever; transformar a dor em arte.
Ainda não encontrei o número do celular do Pedrinho e ele não está nas redes sociais. A única coisa que tenho é um e-mail, que já escrevi perguntando se ele quer voltar a conversar comigo.
Só sei de uma coisa: fragrâncias me lembram momentos e situações. E o Quasar me lembra uma pessoa em específico: você, Pedrinho.
Que história mais fofa. Se o destino quiser, vocês ficam juntos, com certeza.
Boa semana!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
acredito muito nisso. <3
eu ia dizer que essa história renderia um ótimo livro, daí lembrei do filme “com amor, simon” que é quase isso… se não assistiu ainda eu recomendo…
eu tb faço essas relações de cheiros e sentimentos/pessoas/momentos, tudo inconscientemente
beijossss
Carol Justo | Justo Eu?!