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A minha relação com a escrita

Eu sei que independente da dor, a minha escrita está em algum lugar, dentro de mim, pronta para me salvar.

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Desde quando me entendo por gente, a escrita é o meu norte e ponto de apoio para (sobre)viver. Amo colocar meus sentimentos nessas letrinhas que vão se formando a partir do teclar dos meus dedos. Porém, já tem um tempo que não sinto tanta conexão com as palavras — e talvez seja por isso que parei de atualizar o meu blog. Um lugar que amo para um caramba.

Mas estou tentando voltar às velhas origens. Mesmo ainda me sentindo um pouco enferrujado, quero voltar a escrever e publicar meus escritos. Aquela sensação de que tem gente que se identifica com o que jogo para o mundo é muito boa e eu não quero perdê-la.

No fone de ouvido, coloquei agora mais uma cantiga da Demi Lovato para tocar, sendo essa lá do ano de 2015. Imediatamente, fui transportado para a frente do PC antigo da casa dos meus pais, que ficava na sala. Só agora me dei conta que já se fazem quase 10 anos daquele dia em que, antes de pegar um busão para ir à faculdade, fiquei surtando na frente do computador e escrevendo horrores sobre variados sentimentos.

Em um determinada parte de “Old Ways”, Demi diz que “se alguém disser que vou voltar aos meus velhos hábitos, direi ‘De jeito nenhum!’”.  Nesse caso em específico, a cantora fala sobre o seu vício com drogas, álcool e afins. Para mim a música já transmite a vontade e necessidade de retomar alguns velhos hábitos, como o da escrita.

Não tem como fugir dessa arte que faz parte da nossa essência e sobrevivência. Escrever é colocar em ordem a bagunça que se encontra na nossa mente. É externar dores, amores, sonhos e pensamentos absurdos que, no fim, nem são tão too much assim.

Em vários momentos, principalmente os depressivos, eram somente eu e as palavras, sejam elas escrita por mim ou por outras pessoas. Quando eu não queria existir e sumir, lá estava eu e o meu caderninho. Um de frente para o outro, tentando ser âncora para ninguém afundar além do esperado.

(Hoje tenho uma tatuagem próximo ao tornozelo. Ela é uma âncora bem minimalista, que me lembra que a força e o poder do meu corpo está em mim mesmo, e que em todos os momentos (bons ou não!) eu posso retornar ao ponto inicial e recomeçar.)

Enquanto continuo a teclar e rodopiar com minhas palavras, Demi canta em “Waiting For You” que “quando as luzes se apagarem e o sol se por, você deve saber que eu não vou cair de novo”. Achei um pouco forte pensar dessa forma, mas é a maneira que eu também espero me sentir um dia.

Eu sei que, independente da dor ou (des)amor, a minha escrita está em algum lugar, dentro de mim, pronta para me salvar.

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